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domingo, 1 de abril de 2012

Tudo cinza sem você.

Por aqui não existe muita perspectiva, não. Pelo contrário. Além disso, tudo parece despedaçado, desfigurado, destruído. Interessante o fato de que isto acontece sem muito esforço e também sem ninguém ordenar. Simplesmente acontece. Vai ver eu pedi pra isso acontecer e não lembro quando, eu sei lá.


Ah, mas as coisas por aqui já foram maravilhosas! Porém, foi-se o tempo em que o colorido fazia sentido, o perfume exalado revigorava e proporcionava um entendimento doce. Mais que entendimento, aquilo era vontade de viver!
Vontade de sentir o novo, vontade de procurar e achar. Vontade que ia além do simples querer. Muito além...

A razão disso é que havia você. Você fazia tudo permanecer em constante vibração, em suave harmonia. Puta que pariu, pouco importa que soe piegas: sinto sua falta, como se cada instante mal vivido passasse rente a mim, ignorando meu instinto e minha dor.

E eu me pergunto, insistente, impaciente, desgraçadamente chato: "Do tempo que me foi pedido, quanto tempo ainda falta?". Respostas não vêm e o vazio não é capaz de me preencher. Sinto-me sem chão, por enquanto.

Ao meu redor, caixas e objetos que eu joguei sem dó por aí, que eu quis quebrar. Em minha mente, um mar imenso de incertezas, mas também uma ilha de esperança.

Volta logo, vem me ajudar a arrumar meu mundo. Você tem o dom de fazer isso, não preciso nem te ensinar.

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