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quarta-feira, 4 de abril de 2012

De cada vida, uma lição.


Dias incríveis. Saudades de casa, saudades de muita gente, saudades de muita coisa. Mesmo assim, tenho vivido dias incríveis. Muitas coisas novas têm aparecido bem na minha frente; nunca imaginei que me apaixonaria por tudo isso. Esse lugar pacato fez muito bem a mim.


Olho para os lados, vejo gente sofrida e casas com fachadas velhas e sujas. Caminhando mais um pouco, avisto vários canaviais, pertencentes a coronéis monopolizadores, que não medem força no momento de exigir esforço imenso de boias-frias. E como esses boias-frias batalham: enfrentam calor absurdo, andam descalços pela estrada de terra matizada em vermelho, colhem o que a natureza oferece, provam do suor que o corpo exala insistentemente e não se intimidam quando algum acidente ocorre.

Mas o que surpreende é a boa-vontade em labutar. Durante minha estada por aqui, vi poucos semblantes tristes. As pessoas daqui, por mais sofridas e pobres que sejam, levantam as mãos ao Céu todos os dias, porque acreditam que Deus é o provedor da sobrevivência de cada um. Muito diferente do que me acostumo a ver. São heróis, mas heróis simplórios, adestrados pelo servilismo imposto há séculos pelos coronéis.

Nem mesmo um décimo da população daqui possui um padrão de vida considerado digno. A região é farta de matéria-prima, porém o poder está concentrado nas mãos de tão pouca gente. E gente rude, que se prende ao Universo material, prazerosa em assistir de camarote à desgraçada rotina dos demais.

Interessante notar que os sonhos são muito mais modestos. Para alguns, um lote de terra e nada mais importaria. Para outros, uma casinha próxima ao Centro e um carro qualquer. Sonhos baixos, simples e quase ininteligíveis. Mesmo assim, sonhos.

Tenho aprendido muito por aqui, com gente pura, decente e honesta. Muitos me aceitaram aqui como um príncipe, um diferenciado. Por outro lado, aceitei muitos como grandes cidadãos, batalhadores. Não aprendi a sonhar, mas aprendi muito mais: aprendi a dar valor ao que tenho, aprendi a respeitar a realidade de cada um, aprendi a entender que o mundo é grande demais para uma verdade só. De cada vida, é certo que tiro uma lição.

E enquanto a saudade bate forte pela vertical e me atinge com força no peito, minha mente expande a novos horizontes a partir do momento em que acordo e vejo o Sol nascendo por aqui.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

dae galera!

e ai galerinha,tudo bem com vcs?
to tranquilasso.... haha

quase não tinha tempo de escrever hj... eu fiz mtas coisas.
to felizão..... agora eu tenho que dar uma boa sorte pra mim!!
tem MALHAÇÃO e BBB 13..... loucura total muleke 
agora vai mil hahaha
é isso ai moçada... beijos e abraços pra todos ai.
se cuidem e fiquem com deus

domingo, 1 de abril de 2012

Tudo cinza sem você.

Por aqui não existe muita perspectiva, não. Pelo contrário. Além disso, tudo parece despedaçado, desfigurado, destruído. Interessante o fato de que isto acontece sem muito esforço e também sem ninguém ordenar. Simplesmente acontece. Vai ver eu pedi pra isso acontecer e não lembro quando, eu sei lá.


Ah, mas as coisas por aqui já foram maravilhosas! Porém, foi-se o tempo em que o colorido fazia sentido, o perfume exalado revigorava e proporcionava um entendimento doce. Mais que entendimento, aquilo era vontade de viver!
Vontade de sentir o novo, vontade de procurar e achar. Vontade que ia além do simples querer. Muito além...

A razão disso é que havia você. Você fazia tudo permanecer em constante vibração, em suave harmonia. Puta que pariu, pouco importa que soe piegas: sinto sua falta, como se cada instante mal vivido passasse rente a mim, ignorando meu instinto e minha dor.

E eu me pergunto, insistente, impaciente, desgraçadamente chato: "Do tempo que me foi pedido, quanto tempo ainda falta?". Respostas não vêm e o vazio não é capaz de me preencher. Sinto-me sem chão, por enquanto.

Ao meu redor, caixas e objetos que eu joguei sem dó por aí, que eu quis quebrar. Em minha mente, um mar imenso de incertezas, mas também uma ilha de esperança.

Volta logo, vem me ajudar a arrumar meu mundo. Você tem o dom de fazer isso, não preciso nem te ensinar.