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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Léo Rodriguez - Eu só sei dançar beijando na boca (Lançamento Oficial)


Dificil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer
Bob Marley

O quebra-mar e sua incrível flexibilidade em tomar outras formas sem esforço absoluto.


Segundo dicionários, "quebra-mar" é um termo designado a um paredão que oferece resistência ao embate de ondas e correntes.

Mais que uma simples definição de dicionário, acredito que cada um de nós tenha um quebra-mar penetrado no peito. É o que ajuda a aliviar mágoas, frustrações e dissabores. O quebra-mar existe para nos livrar de qualquer tipo de onda má. Por outro lado, é o que deveria nos manter em equilíbrio, mesmo quando ocorre algo bom, moderando sentimentos dos mais diversos, assim como aflições, taras, vontades, fraquezas. Tudo é quebra-mar, afinal.

A respeito do formato de um quebra-mar, nem sempre se dá como uma imensidão de rochas que impedem a erosão ou a pressão maior da movimentação das águas. O quebra-mar, para nós, pode ser tratado como outro alguém. Alguém que é capaz de nos fazer suportar várias dores, vários problemas, várias adversidades. Por que não?

O quebra-mar, em sua essência, é forte e limitante. Devido a isso, o quebra-mar protege. Assim deveria ser em nós, também. Deveria proteger. Infelizmente, é possível constatar que muitos já destruíram a fronteira do quebra-mar e são tão vulneráveis quanto um corpo nu, repleto de infecções, pronto para adquirir mais alguma moléstia. Não que queira, mas, por algum motivo, se sente pronto.

Provavelmente, quem destruiu o quebra-mar que teve por direito, também destruiu a capacidade de entender as pessoas e de se relacionar. O problema disso é a manutenção que deve ser realizada. Não somente no coração, mas também na mente. E é muito natural que a mente esteja se afogando, pela razão de que tornou-se fácil de infiltrar e difícil de entender e diferenciar o que é bom e o que é mau.

Uma manutenção não tem previsão. Pode levar segundos, assim como pode levar a sobra da vida e nem mesmo funcionar.

Quanto a mim: talvez, eu tenha feito com que minha mente se afogasse por um momento. Não digo que seja fatal, mas me machuquei. Continuo me machucando, enfim. Mas, apesar dos pesares, sinto que admitir que o meu quebra-mar pode ser restaurado já é um avanço significativo.

Até eu me sentir melhor, precisarei de um dos quatro humores do ser humano: fleuma. E tomara que não esteja em falta no mercado, essa tal de fleuma.