Consulte aqui

domingo, 29 de julho de 2012

Entre quatro paredes.

Entre quatro paredes, não há como responder por si. É o desejo que alimenta o desejo de outro alguém.

Entre quatro paredes, é verdade, dificilmente alguém sai ileso. E quem quer sair ileso de uma tentativa linda e sem pudor de se conseguir prazer? Entre quatro paredes, também não é só prazer. É olho no olho. É coisa séria. É paixão envolvente.

Entre quatro paredes, palavras são pouco. Talvez até nem seja necessário falar, somente sentir silenciosamente o prazer de se encontrar encurralado.

Entre quatro paredes, a dor é irrisória, quase inexistente. Entre quatro paredes, não há dúvida: é cada um por si, mas nada impede que também seja todo mundo por todo mundo.

Entre quatro paredes, é tudo bem planejado. Normalmente duas pessoas que formam um só corpo para, mais tarde, originar mais um, quem sabe mais um monte. Pura matemática ardente. Pura matemática indecente.

Entre quatro paredes, a escolha pode ser decisiva, assim como pode não valer nada. Depende do instante, depende de quem faz, depende de querer, depende de poder. Ao mesmo tempo, engraçado não depender de nada, exceto mergulhar sem vergonha na aventura.

Entre quatro paredes, meus amigos, tudo pode acontecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário